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sábado, 26 de setembro de 2009

* Erika Rodrigues *



Nas tardes de sábado, o programa de muitos brasileiros eram ficar em frênte a TV, a grande atração eram os "calouros" do Raul Gil, calouros?? Era um show!! Sairam promissores artistas de vários gêneros, Robinson, Rinaldo, Liriel, Leila Moreno, Andre Leono entre outros, todos fabulosos, mas, uma em destaque é uma cantora com uma voz maravilhosa, de nível mundial, uma jóia rara. Ela é bela,carismática e sua voz é poderosa, apesar de ter sumido um pouco da mídia, recentemente apareceu com um novo visual, mais magra, com os cabelos diferente, de bela, ficou belíssima! E o mais importante, continua com sua poderosa voz. Erika Rodrigues apareceu na TV ao lado de Aguinaldo Rayol, um espetáculo! Erika rodrigues é uma das melhores cantoras, uma das melhores vozes desta geração, o que lhe falta são canções novas, pois ela agrada todas as faixas etârias e isto é um dom.
A cantora Erika Rodrigues nasceu em Diadema, na região do ABC, e vive lá até hoje. Desde pequena, sua paixão sempre foi cantar. Seu pai trabalhava como uma espécie de empresário que vendia shows sertanejos; e ela costumava cantar em uma igreja católica próxima de sua casa.
Além disso, a influência da música mineira também falou alto por meio de suas viagens com a família à cidade de Ipanema, no interior de Minas Gerais.
Em 2001, participou de um concurso musical em um shopping de Diadema. Era o início de sua vida nos palcos. Pouco tempo depois, ela despontaria no cenário nacional, ao participar do Programa Raul Gil, antigamente da TV Record.
A música é uma coisa que estava naturalmente presente na minha vida. Ia muito para Minas Gerais e ouvia muita moda de viola”, afirmou. As influências remetem também à música negra, estilo musical que sempre admirou, e a cantora Elis Regina.
Dessa junção, Erika formou seu repertório: músicas românticas e, segundo ela, cheias de emoção. Depois de sua participação no programa Raul Gil, ela gravou o disco “Perdida de amor”, com três canções suas.
Na época, o CD vendeu, em três dias, pelo menos 22 mil cópias.
Ainda este ano, a cantora lança seu segundo CD, que, segundo ela, tem mais a ver com seus gostos, desde os arranjos musicais à escolha do repertório.
A música romântica, aliás, dá o tom de suas apresentações. Nelas, canta Roberto Carlos, Elis Regina, Whitney Houston, Zezé di Camargo e Luciano, entre outros. “Gosto de cantar coisas que toquem o coração, que mexam com o meu sentimento e, conseqüentemente, com o das pessoas”, conta a moça.
Erika diz que, em relação à cultura, a cidade de Diadema, assim como todas as cidades do Brasil, precisa de mais. “Nunca é o suficiente em termos de cultura, de apoio à classe mais pobre. Eu acho que falta apoio em Diadema. Eu moro lá e vejo isso.
Vejo que uma praça ou um centro comunitário ajuda as pessoas a procurar novos caminhos.” E completa: “Onde existem essas coisas e elas funcionam, você percebe que o bairro é mais educado. As pessoas são mais gentis. Onde não há, as pessoas se perdem muito”.
Além da música, a cantora se enveredou também pelo teatro. No momento, está na peça “Emoções que o tempo não apaga – uma crônica musical”, em cartaz no Maksoud Plaza. “Procurei o teatro para melhorar minha timidez”, diz.
No dia-a-dia, Erika se define bastante brincalhona, embora ainda conserve certa timidez – que ela jura nunca ter a atrapalhado. Gosta de estar com os amigos, ir ao cinema e acessar a internet – o site de vídeos “You Tube”, para ser mais exato. Solteira, diz ainda que quer se apaixonar. “Quero casar e ter filhos”, conta.
Fonte á parte: Universidade Metodista de São Paulo
Erika Rodrigues tem tudo para ser um fenômeno mundial, pois ela é belíssima com classe, não apela para a vulgaridade, não precisou apelar para tal, como muitas nuvens passageira que cantam com as nádegas.
Erika não perde em nada em comparação artística a grandes nomes da música internacionais, tais como as maravilhosas: Whitney Houston, Celine Dion, Mariah Carey dentre outras, Erika Rodrigues é fantástica!
O que podemos esperar é sucesso, muitos sucessos para esta cidadã brasileira, quanto nas realizações da mulher e da esplendorosa cantora Erika Rodrigues.
Confiram as galerias de fotos e videos, obrigado por vossa visita, participe e acompanhe este humilde cantinho musical, um abraço e até mais...


Erika Rodrigues - I Have Nothing
Raul Gil 2001 - Primeira apresentação no concurso após ter sido descoberta no auditório





Erika Rodrigues - All By My Self - Raul Gil 2001





Erika Rodrigues - Woman In Love - 2001





The Winner takes it all- Erika Rodrigues





Erika Rodrigues Pe. Marcelo Rossi - Sonda-me





Erika Rodrigues - Fools fall in love




Erika Rodrigues Você não me ensinou a te esquecer ao vivo


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Eros Ramazzotti


Biografia Eros Ramazzotti

Eros Luciano Walter Ramazzotti Molina
Nasce às 11 horas no hospitalSan Giovanni de Roma, dia 28 de outubro de 1963, e desde
muito jovem manifesta uma instintiva paixão pela música. Seu lançamento como cantor é em 1981, ano em que participa do concurso "Voci nuove" de Castrocaro e firma o seu primeiro contrato com um jovem selo discográfico. No ano seguinte publica seu primeiro disco de vinil 45rpm "Ad un amico", enquanto Eros afina com talento sua relação com o instrumento que mais ama, a guitarra. Começa a se fazer conhecido ao grande público, ganhando a edição jovem do Festival de San Remo em 1984, com a canção "Terra promessa", uma balada de forte impacto, que o destaca como um novo personagem do mundo musical.
Ramazzotti gera um significativo êxito em sua segunda aparição no Festival de San Remo em 1985, com "Una storia importante", incluída em seu primeiro álbum, "Cuori Agitati", que o permite acercar-se do mercado europeu. A vitória na categoria "big"de San Remo '86 com "Adesso tu", canção que faz parte do seu segundo disco, "Nuovi Eroi", confirma a popularidade do jovem Ramazzotti (com apenas vinte e dois anos) na Itália, e faz crescer o interesse do público internacional. O terceiro trabalho discográfico "In Certi Momenti" de 1987 (com a participação de Patsy Kensit, no tema "La luce buona delle stelle"), consagra o artista romano ao êxito europeu. A turnê que segue a publicação do álbum, leva Ramazzotti a realizar shows para mais de um milhão de pessoas, durante nove meses: é o primeiro "rock show" italiano a se apresentar para um público tão grande. Ao final da primavera de 1988, se publica o mini-álbum "Musica È" (este, como os anteriores, realizado também em versão espanhola), tem um impacto surpreendente nos mercados discográficos, onde supera as vendas de "In Certi Momenti". Depois de dois anos, longe dos cenários, reaparece em 1990 com "In Ogni Senso", álbum de grande dimensão pop. Publicado também nos Estados Unidos, o álbum proporciona a primeira atuação de Ramazzotti em terra americana, um show sold-out na Rádio City Music Hall de Nova York, onde se grava um vídeo, "In Giro per il Mondo". O longo período transcorrido da turnê termina com a publicação no outono de '91 de um álbum duplo gravado ao vivo, "Eros in Concert", feito em Barcelona e em outras metrópoles do Velho Continente. Três anos depois, em 1993, Eros Ramazzotti reaparece em cena com "Tutte Storie".
É o trabalho mais comprometedor, realizado até agora, de Eros: gravado com músicos de prestígio, fala uma linguagem pop-rock, que o lança, em pouco tempo, acima de todas as hit-parades da Europa. O vídeo clip para o lançamento de "Cose della vita" (a primeira música do álbum) é dirigido por Spike Lee.
A turnê européia que segue a saída de "Tutte Storie" está entre as mais importantes da temporada e se fecha cruzando o oceano: Eros enche os estádios de 15 capitais da América Latina. No seu regresso à Itália, o músico cria "Trio", o êxito musical do ano, no qual é protagonista junto a Pino Daniele e Jovanotti.
Finalizada a turnê, em novembro de 1994, Eros é convidado ao MTV Awards europeus de Berlim, onde atua ao vivo. Neste período, Ramazzotti, livre dos seus anteriores vínculos contratuais, cria (junto com seu irmão Marco) sua própria estrutura de marketing, RADIO RAMA, com sede em Milão, que cuida de todos os aspectos relacionados com sua trajetória artística, e que se converte em uma oportunidade para jovens talentos musicais produzidos por Eros. A criação da Radio Rama coincide com o fechamento de um novo contrato discográfico mundial para a BMG Internacional.
Durante o verão de 1995, Ramazzotti participa do Summer Festival '95, o acontecimento musical europeu que aconteceu em sete estádios (entre eles, Mônaco, Berlim e Bucareste). Um show de excepcional emoção e qualidade artística, no qual são co-protagonistas Rod Stewart, Elton John e Joe Cocker. Neste contexto, Eros se apresenta em um show ao vivo com fortes e emocionantes vibrações rock. Em 13 de maio de 1996 sai simultaneamente em todo o mundo "Dove c'è Musica", o oitavo álbum, e o primeiro idealizado, dirigido e produzido por Eros.
Este álbum, depois de só quatro meses de vida, ganha o prêmio de melhor cd do ano e se reconhece "Più bella cosa" como a canção mais ouvida do verão.
Estes prêmios são autorgados no final do Festivalbar '96. Nessa mesma noite Eros triunfa também como ganhador do concurso, aclamado pelos aplausos e o entusiasmo de um público de 200.000 pessoas no grandioso e espetacular recinto do Plaza do Plebiscito de Nápoles.
Recentemente, Eros foi recebeu a premiação do MTV Awards como melhor cantor europeu, junto com George Michael e Brian Adams.
Além do mais "Dove c'è Musica" alcançou o recorde de vendas em italiano, superando um milhão de cópias vendidas em só 5 meses e um dia. Ao mesmo tempo as vendas mundiais superaram os 4 milhões de cópias.
Em uma discoteca de Cervia em agosto de 1995 Eros conhece Michelle Hunziker, uma belíssima garota ítalo-suíça. Nasce um grande amor. E no dia 5 de dezembro '96 (às 10.30hs) nasce Aurora Sophie Ramazzotti, filha de Eros e de Michelle Hunziker. A pequenina pesa três quilos e 210 gramas. Quem deu a notícia foi a "Radiorama". Seja bem-vida!!!
A carreira discográfica de Eros é, de certa forma, indescritível; mas nas próximas linhas você poderá ter um pequeno resumo. A aventura discográfica de Eros Ramazzotti é um livro em oito capítulos. Oito capítulos, oito discos em onze anos de atividade. O início é comandado por un '45 rotações, "Ad un amico", realizado em '82, no qual segue dois anos depois "Terra promessa", a canção com a qual Eros estréia no Festival de San Remo, seguida de '45 rotações "Buongiorno bambina". Aqui terminam as '45 rotações e começa a discografia maior. O primeiro LP (o cd não era nem previsto) é de '85, "Cuori Agitati" e contém "Una storia importante", uma canção que já inclui muitas das características da musicalidade futura de Ramazzotti, e também "Dritto per quell'unica via", um título que Eros continuará a propor nos seus concertos.O ano sucessivo é a vez de "Nuovi Eroi", que contém outro título "Adesso tu", que vence em San Remo e entra, por direito, na história da música pop, enquanto Eros e as suas canções começam a tornar-se o símbolo daquele universo juvenil de "garotos normais", que vivem dos sonhos e ilusões, das esperanças e fracassos, de amores e de amizades.
Em '87 sai "In Certi Momenti", contendo dez canções entre as quais "Questo mio vivere un pò fuori", "Libero dialogo" e "La luce buona delle stelle", interpretada junto com a bela cantora inglesa Patsy Kensit. O álbum consegue grande popularidade na Europa (supera os dois milhões de cópias), mas no verão de '88 acontece um imprevisto. Algumas idéias pensadas para "In Certi Momenti" e logo deixadas de lado, tomam lentamente a forma de uma suite, "Musica è", mais de onze minutos de grande melodia, um tema que dá a idéia de uma união entre o pop e as versões sinfônicas de rock progressivo. O disco é recebido com entusiasmo e ao final de sua "vida comercial" vende mais que seu irmão mais velho. O quinto álbum é " In Ogni Senso", a fotografia da capa mostra Eros junto com uma série de personagens da vida cotidiana, justamente para evidenciar o elo que une o cantor aos acontecimentos e as emoções da vida de todos. No disco doces canções, com algumas obras primas, como "Se bastasse una canzone", melódica e com um grande efeito gospel, que já marca uma evolução do gosto musical de Eros entre o soul-pop internacional. No mesmo disco outros dos títulos que vão perdurar são "Amarti è l'immenso per me" e "Cantico". A fita com as atuações ao vivo chega em '91, com "Eros In Concert", álbum duplo com vinte e seis canções, de "Terra promessa" a "Cantico", de "Nuovi eroi" a "Musica é". Junto com os clássicos, duas novidades: "Toma la luna" e "Amarte es total" interpretadas em castelhano (desde a expansão, Eros tem gravado pontualmente seus discos nessa língua, para edições dirigidas a um público ibérico e hispanoamenricano) e gravadas em Barcelona, em honra ao público espanhol que, como o alemão, é desde sempre o mais entusiasta das canções de Eros.
Transcorrem dois anos e uma guitarra dura e penetrante abre de surpresa o álbum "Tutte Storie", a guitarra de "Cose della vita". Chegamos ao ano de 1993. É o primeiro sinal de um novo horizonte musical alcançado por Eros, um horizonte onde o pop se encontra com o rock, com rasgos de soul e de rhythm'n'blues. O disco contém vários títulos que tem que constar na lista dos mais importantes de Eros Ramazzotti:"A mezza via", "Un'altra te", "Un grosso no", "Niente di male"; histórias de dúvidas, de sensações, amores e da consciêcia de um homem de trinta anos. Estamos em '96 e "Dove c'è musica" chega a ser o oitavo capítulo desta história musical.
Vou escrever sobre este maravilhoso cd. Eros se apresenta ao público com um álbum de doze canções que revelam os seus novos horizontes artísticos, fruto da combinação do seu clássico estilo melódico e de intuições inéditas. "É o álbum mais pessoal e mais rico de energia entre aqueles que tenho realizado até agora" explica Eros "O seu segredo? O meu desejo de fazer música sem fronteiras".
Sem fronteiras. Esta é a palavra de ordem do disco que, como indicam o título e a imagem da capa (um Ramazzotti andando de bicicleta, em um ambiente surreal, diretamente no sentido de uma meta longínqua), querendo ser companheiro de viagem para cada lugar onde existe amor, amizade, esperança. É justamente esse o motivo do título do cd "Dove c'è musica", uma canção de impacto imediato, um convite para manterem vivos os sonhos com força e teimosia: "Qualquer um tem dito a música é fraternidade, boa esperança, boa esperança". Uma canção que se afasta pelo arranjo e melodia do habitual estilo ramazzottiano, que sugere como seu disco reina sobre um espírito livre, o espírito de um músico maduro.
Eros sempre tem feito da sua voz um bilhete de apresentação... Eis então "L'Aurora", canção de grande emoção, na qual parece que Eros quer experimentar um novo modo de usar a sua inconfundível voz, apresenta-a de uma forma inédita, mais sofisticada, quase experimental. Todo o cd vive sobre esta novidade de estilo. Com "L'uragano Meri", caracterizada pelo som do velho órgão Hemmond de Celso Valli. Conta a história de uma garota "vulcânica", entra-se em um mundo country-pop, enquanto "Questo immenso show", dá voz a vontade de não ser tele-dependente, é rica de sons dos anos '60. A surpresa mais vibrante? É "Yo sin tì", uma passagem de pop latino, a meia estrada entre o merengue e a salsa, uma canção que chegará em todo o mundo interpretada em espanhol justamente para não modificar a origem. Então acabaram as melodias de natureza ramazzottiana? Não precisa ficar com medo: estão lá e em altos níveis, românticas, corais, como já demonstrou o primeiro '45 rotações trazido do cd, "Più bella cosa".
Serena e atraente é "Buona vita", conto de um amigo que mal suporta o caos das metrópolis e quer voltar aos céus limpos do campo.
"Stella gemella" é um texto sobre as diversas faces da solidão, enquanto uma impressão soul-pop atravessa "Lei però", que medita sobre porque a galinha do vizinho é sempre mais gorda, também quando se fala de Amor.
Ainda sobre os sentimentos podemos citar "Quasi amore", uma canção lentíssima e rica de vibrações "que exprime com palavras certas a dificuldade de decidir sobre o futuro de um amor quando pede para dar um passo decisivo com relação a um vínculo mais sério", como explica o próprio Ramazzotti.
Textos simples, como sempre, mas nunca superficiais. Como em "Lettera al futuro", inspirada em um conto de Edgar Allan Poe, que é uma balada sobre os medos do nosso mundo às portas do ano 2000, enquanto "Io amerò" é uma canção de grande clima, repleta de religiosidade e de perguntas sobre o sentido das coisas e da vida.
No conjunto o disco é o primeiro fruto de uma ascensão humana e profissional que tem levado Eros a realizar as escolhas pessoais e artísticas muito atenciosamente. Uma ascensão que tem levado o músico, uma vez acabado o relacionamento com a DDD, a casa discográfica pela qual Eros saiu sem dar início, para criar uma sociedade sua de produção, Radio Rama, e para unir-se a BMG, uma das casas discográficas líder do mercado internacional.
"Dove c'è musica" é sobre tudo o primeiro disco do Ramazzotti músico e produtor. Eros tem de fato escrito e produzido cada pedaço, auxiliado por dois colaboradores reais como Adelio Cogliati para os textos e Celso Valli para os arranjos, enquanto outros autores contribuem também: Vladi Tosetto, Claudio Guidetti, Maurizio Fabrizio e Mario Lavezzi, com a ajuda do rockstar ibérico Nacho Maño, que traduziu o texto de "Yo sin tí" em espanhol. De grande expressão e experiência internacional o grupo de músicos empenhados nas gravações: os guitarristas Mike Landau e Nathan East, o baixista preferido de Eric Clapton, da baterista Vinnie Colaiuta e Jerry Hey, trompetista sempre ao lado de Quincy Jones. Estes e outros quarenta e cinco músicos de prestígio tem realizado o álbum entre a Itália e a Califórnia, nos estúdios A&M de Los Angeles (onde foi realizado "We Are the World", a sessão comandada por Quincy Jones que junto aos mais grandes músicos e intérpretes do pop-rock americano), Fonoprint de Bolonha e LCD de Inverigo, nas proximidades de Milão.
Sempre na Califórnia eram realizadas as imagens de "Dove c'è musica": seja o vídeo de "Più bella cosa" rodado pelo diretor inglês Nigel Dick (já passando em todos os canais de televisão, o conto das lembranças da procura das peças de uma fotografia, rodado no deserto de El Mirage), seja as fotografias do cd, realizadas por Enrique Badulescu, Michelangelo di Battista e Vicenzo Lo Sasso, para uma produção de nível internacional, pensada e sintonizada sobre as mais contemporâneas produções pop-rock.
Mas, evidentemente, não existe nunca fumaça sem fogo. O empenho para uma grande produção seria inútil se na base não existissem idéias musicais em grau de sustentá-las. Neste sentido o que tem para dizer "Dove c'è musica"? Antes de tudo que o Eros Ramazzotti músico lança-se para o futuro.
A estrada principal do rock melódico permanece inalterada, envolvente, atraente; a sua voz, que já sozinha é marca registrada, percorre com imutável segurança. Mas esta vez Eros divaga, varia, se rende, imprevisível. O rock que já vibrava na entrada de "Cose della vita" recebe sempre maior segurança, fonte também da experiência feita no verão de '95, quando Eros, com uma sólida banda de rock (com dois guitarristas de efeito como Steve Farris e Phil Palmer) se exibiu no festival de Rock Over Europeu; as influências soul e rhythm'n'blues dão a medida de um produto musical nascido da colaboração entre Itália e Estados Unidos.
"Dove c'è musica" chegou a todas as casas especializadas do mundo em 13 de maio de 1996. E para apresentá-lo Ramazzotti não queria modelos de conferências ou discussões, restrito de paixões, fans e operadores do setor musical. "Porque em "Dove c'è musica" triunfam as canções e os sons, e portanto são as canções a falar por mim", comenta Eros. Ouça: "Buona vita a tutti" ("Boa vida a todos").
Agora Eros está preparando um programa de show-cases para mostrar os verdadeiros trabalhos que virão e para antecipar a próxima turnê mundial, que começa em outubro. É esperar para ver...
Eros veio em março de '98 para o Brasil e se apresentou no Olympia (17 e 18) em São Paulo,foram dois dias, dois shows maravilhosos em que ficou provado o grande carisma, a simpatia e o jeito inconfundível de fazer música desse cantor. A cada nota, a cada início de canção algo inédito começava; novos arranjos, novos jeitos de fazer as mesmas ótimas músicas, agora ficou provado, de uma vez por todas, que Eros quer realmente músicas sem fronteiras, que se arrisca sempre e com isso consegue o sucesso.
Foi tocado de tudo um pouco, desde Ma che bello questo amore até Ancora un minuto de sole. As inovações maiores aconteceram em Un'altra te e Quanto amore sei; na primeira foi devido ao ritmo de samba (Eros até arriscou alguns passos) e a segunda foi cantada em português (até que muito bem, para quem nunca tinha arriscado o nosso idioma).
Antes do show eu tive a idéia de escrever o roteiro das músicas, mas isso mostrou-se impossível já nos primeiros acordes de Dove c'è musica, que foi a música inicial, vou escrever as que eu lembro, porém não estão na ordem:
Dove c'è musica, Stella gemella, Terra promessa, Una storia importante, Ma che bello questo amore, Più bella cosa, Memorie, Cose della vita, L'Aurora, Ancora un minuto di sole, Se bastasse una canzone, Un'altra te, Favola, Quanto amore sei, Yo sin tì, Lei però, Buona vita, Un grosso no, Cantico, Un cuore con le ali, bis: Dove c'è musica.
Creio que todos que tiveram a oportunidade de ir não se arrependeram, mas ficou um gostinho de quero mais, muito mais; e quem não foi espera o seu regresso, que está praticamente confirmado para o ano 2001.
Depois desta turnê, Eros lançou o cd "Eros" em '97. Este cd contém dois duetos muito legais: "Musica e'" com Andrea Bocelli e "Cose della vita / Can't stop thinking of you" com Tina Turner. Além de um novo ritmo para "Terra promessa" e "Memorie" este magnífico trabalho conta com duas novas canções: "Ancora un minuto di sole", que fala sobre saber priorizar cada segundo da vida, como um tempo que não volta mais e deve ser vivido com toda a intensidade e "Quanto amore sei" fala de um amor que não cabe em si, de tanto contentamento e felicidade, de duas almas "que viajam em uníssono". Este cd contém 16 faixas, que agradam a todos. Desde "Adesso tu", passando por "Più bella cosa", até "Occhi di speranza" e "Favola". A novidade para nós, brasileiros, foram as duas faixas de bônus: "De todo coração" e "Coisas da vida / Can't stop thinking of you", esse foi realmente um presente para quem fala a língua portuguesa!! Foi DEMAIS!
Em '98 é a vez do cd "Eros Live". A novidade desse cd é o dueto com Joe Cocker "That's all I need to know / Difenderò". Este cd contém 15 faixas, todas com um ritmo muito contagiante, que é a marca registrada das músicas ao vivo do Eros. Se você ainda não conhece nenhum trabalho desse cantor, esse é o cd que eu recomendo...
Depois de 4 anos sem gravar um cd, Eros retorna agora em grande estilo, ou melhor, em "Stilelibero", este é o nome de seu novo trabalho...
Esse cd contém 12 canções, além de uma faixa interativa. Entre essas canções iremos encontrar um dueto com Cher. A música se chama Più che puoi. Ela fala sobre aproveitar todos os instantes da vida, os belos ou os não tão belos assim, para que possamos viver a vida da forma mais intensa que puder. Tem uma parte muito linda que ele diz: "e se te faz sofrer um pouco, pune-a vivendo-a, é a única maneira, surpreendê-la assim..."; a número 1 é "L'ombra del gigante", como o próprio título diz, a música fala sobre a sombra do gigante que insiste em escurecer nossos sonhos, mas não podemos nos esquecer que sempre existem pessoas, prontas a nos fazer sentir bem, que querem nos fazer companhia, basta que nós permitamos; a segunda é "Fuoco nel fuoco", é uma balada com ritmo latino que consegue, também, resgatar o "calor" latino, fala sobre um amor muito intenso entre duas pessoas que não se importam quanto tempo vai durar esse amor, contanto que seja vivido fortemente; a terceira, "Lo spirito degli alberi" conta como nós, quando crescemos, esquecemos as boas coisas da infância, porém, elas não nos abandonaram nunca, e, quando abrimos nossos corações, percebemos e sentimos que elas estavam sempre conosco!; a quarta "Un angelo non 'è", fala de como não existem nem santos nem demônios, isso depende do modo como vemos as pessoas; a quinta "L'aquila e il condor" fala da América do Norte e da América do Sul, que ele teve um sonho onde a águia (americana) e o condor (que só vive nos Andes), voavam juntos, bem, desde que a águia não pense que pode comer o condor, também espero que aconteça um dia; a sexta é o dueto com a Cher; a sétima "Il mio amore per te", (O meu amor por você), nessa música ele faz uma declaração de amor, dizendo que este não terá medo de nada, que esse amor vive dentro dele, e a melhor parte é a que ele diz: "aquelas pessoas que não acreditam em você e não sabem que para mim, você é a única salvação que existe", lindo, não?; a oitava, "E ancor mi chiedo", (E ainda me pergunto) nessa música ele fica completamente em dúvida... diz que crê na sinceridade dela, mas depois, retruca: "aonde vai quando não está comigo?, o que faz quando não está comigo?, você não sabe aquilo que estou passando, você não sabe aquilo que estou pensando agora, me diga se são apenas sombras e nada mais, aquelas que eu vejo ao teu redor quando não está comigo...", porém no final ele fecha: "eu morro quando você não está comigo"; a nona, "Improvvisa luce ad est" fala sobre uma pessoa que está pela primeira vez sozinho, porque a outra ficou muito chateada com o que aconteceu e fez "uma tempestade num copo d'água", ele então diz para que se improvise luz no leste para que a luz queimasse todo o mal; a décima é linda!! se chama "Nell'azzurrità", é uma viagem ao mundo dos sonhos, pelo menos eu, fiz uma imagem muito parecida com um sonho bom, daqueles que não se quer acordar. A melhor frase é: "não existe mais, ficar sozinho, não existe mais, porque entendi que, a outra metade do coração é você...", depois a penúltima, "Amica donna mia" também tem uma imagem bem otimista, nela Eros e Cogliati dizem que o mundo, amanhã, será teu e nas tuas mãos o mundo mudará. "Parecerá com você, belo será como você, será a sua obra de arte de fantasia, caminhará com você, um outro mundo porque, você será o passo certo, o novo caminho, amiga minha dona.", depois a última música, dedicada à Aurora - Sofie. "Per me per sempre", também nos reporta a um mundo de sonho, onde milhares de borboletas deixam o ar colorido, onde tudo é beleza e amor... "para os meus olhos você será, bela como o sol, infinitos vôos do coração, infinita felicidade, quando penso que você é minha para sempre.... para sempre".

RESUMO:


Nome completo: EROS LUCIANO WALTER RAMAZZOTTI.Local de nascimento: Hospital San Giovanni, Roma. Nome do pai: Rodolfo RamazzottiNome da mãe: Raffaella MolinaData de nascimento: 28 de outubro de 1963.Signo: Escorpião.Altura: 1,80 metros.Complexos: Acredita que tem as pernas muito gordas.Aficções: O futebol. Se não tivesse sido cantor, o que mais Eros Ramazzotti teria gostado de ser seria jogador de futebol. O aeromodelismo e a fórmula 1 são outras de suas maiores paixões.Ídolos: Paul Newman, James Dean.Currículo: Começou quando tinha somente 5 anos, adorava cantarolar; já aos 8 anos, tocava guitarra. Em 1984, Eros saltou para a fama cantando no Festival de San Remo a canção Terra Promessa.Seus amores: Sua companheira, Michelle Hunziker, e a pequena Aurora Sofie Ramazzotti.Curiosidades: *Eros é seu verdadeiro nome. Seus pais tiveram grandes problemas com o padre para colocar o nome de Eros, o padre preferia um nome "mais cristão" para o nosso Ramazzotti. Só ante a insistência de seu pai é que o sacerdote aceitou.*Sua esposa o chama carinhosamente de "amo".*Eros tem uma pronunciada cicatriz no queixo porque um cocker o mordeu quando tinha oito anos.*Antes de ser músico Eros foi barman.

Extreme


Biografia Extreme


Extreme é uma banda de Boston, em Massachusetts nos Estados Unidos. Toca o estilo musical hard rock, destacando-se pela bela atuação dos vocais de Gary Cherone, bem como pela performance do guitarrista Nuno Bettencourt, desse entrosamento entre esses dois surpreendentes músicos nasce uma das mais famosas bandas do hard rock de meados dos anos 80.

O Extreme foi uma banda de hard rock e heavy metal que se formou em meados da década de 80. Ficaram mais conhecidos pela balada More Than Words, presente em seu segundo álbum de estúdio, de 1990. A formação principal da banda era composta por: Nuno Bettencourt (guitarrista), Gary Cherone (vocalista), Paul Geary (baterista) e Pat Badger (baixista). O quarteto estava oficialmente junto em Outubro de 1986, quando Pat se integrou à banda.

No dia 5 de Agosto de 1987 fizeram um concerto em Boston com presença de executivos de grandes gravadoras. Desde então, a banda passou a ser bastante assediada, até que em Novembro do mesmo ano, assinou com a A&M Records.

Por volta de Março de 1988, o Extreme fez sua primeira grande apresentação ao público, abrindo um concerto do Aerosmith (banda também de Boston).

Um ano depois, em 1989, lançavam o primeiro álbum, chamado 'Extreme'. Esse primeiro lançamento não foi nenhum sucesso de vendas. Na verdade 'Extreme' chamou mais a atenção de músicos, pois a guitarra de Nuno mostrava: velocidade (rapidez), técnica apuradíssima e potência. O som da banda caracterizava um estilo muito diferente do que se via na época - tinham influências de heavy metal, rock, hard rock mas não se encaixavam em nenhum desses estilos. O som em alguns momentos chegava a soar um funk. Seria algo como um funk metal. As revistas especializadas em guitarra falavam muito sobre Nuno Bettencourt. Chegavam a dizer que ele era o "novo Eddie Van Halen". Realmente, ele tinha uma forte influência de Van Halen e não negava ser fã da banda. Chegou a dizer em entrevista a uma revista que teria o maior prazer em fazer a guitarra base para Edward VH. Essas e outras razões fazem desse álbum um tanto quanto diferente dos que viriam a seguir como Kid Ego,Mutha (Don't Wanna Go To School Today) e Play With Me os quais foram os maiores sucessos do álbum. A última canção entrou inclusive para a Trilha Sonora do filme Bill and Ted's Excellent Adventure.

A A&M Records lançou o single de 'More Than Words', que rapidamente alcançou o primeiro Lugar em vários países, entre eles: Estados Unidos, Holanda e Israel. Durante a turnê tocaram em vários festivais e com vários grupos e cantores famosos, entre eles o ex-Van Halen David Lee Roth]. Nuno foi convidado para tocar no "Guitar Legends" em Sevilha, Espanha. Tocou ao lado de Brian May, Steve Vai, Joe Satriani, entre outros. Em 2006, a banda teve seu sucesso "Play With Me", presente no jogo de video-game "Guitar Hero: Encore Rocks the 80's", sendo esta a música mais difícil do game.

A formação principal do Extreme era Nuno Bettencourt (guitarrista), Gary Cherone (vocalista), Paul Geary (baterista) e Pat Badger (baixista). O quarteto estava oficialmente junto em Outubro de 1986, quando Pat se integrou à banda. No dia 5 de Agosto de 1987 fizeram um show em Boston com presença de executivos de grandes gravadoras. Desde então, a banda passou a ser bastante assediada, até que em Novembro do mesmo ano, assinou com a A&M Records.
Por volta de março de 1988, o Extreme fez sua primeira grande apresentação ao público, abrindo um show do Aerosmith, para 14.000 pessoas. Um ano depois lançavam o primeiro álbum, chamado "Extreme". Esse primeiro lançamento não foi nenhum sucesso de vendas. Na verdade "Extreme" chamou mais a atenção de músicos, pois a guitarra de Nuno mostrava potência e o som da banda caracterizava um estilo muito diferente do que se via na época. Tinham influências de Heavy Metal, Rock, Hard Rock mas não se encaixavam em nenhum desses estilos.
O som em alguns momentos chegava a soar um "Funk". Seria algo como um Funk Metal. As revistas especializadas em guitarra falavam muito sobre Nuno Bettencourt. Chegavam a dizer que ele era o "novo Eddie Van Halen". Realmente, ele tinha uma forte influência de Van Halen e não negava ser fã da banda. Chegou a dizer em entrevista a uma revista que teria o maior prazer em fazer a guitarra base para Edward VH.
"Kid Ego", "Mutha (Don't Wanna Go To School Today)" e "Play With Me" foram os maiores sucessos do álbum. A última música entrou inclusive para a Trilha Sonora do filme "Bill and Ted's Excellent Adventure".
Depois de turnê pela América do Norte e Japão, o Extreme lançou seu segundo álbum, "Pornograffitti", em 1990. Esse os colocou definitivamente no hall da fama. O som da banda começava a mudar. Em alguns momentos ainda soava o "Funk Metal", mas o rock e o hard rock tiveram forte presença em "Pornograffitti".
Entraram em sua segunda turnê pelos Estados Unidos, enquanto as baladas "More Than Words" (o maior hit do Extreme) e "Hole Hearted" não saiam das rádios. Mesmo fazendo um som mais convencional e comercial, Nuno Bettencourt não esqueceu de deixar sua marca como grande guitarrista. Solos como o de "He-Man Woman Hater" e bases com acordes pouco tradicionais levaram a Guitar Magazine a dedicar 6 páginas só sobre Nuno. A Washburn lançou uma série de guitarras chamada "N4 - Nuno Bettencourt Signature Series".
A A&M records lançou o single de More Than Words, que rapidamente alcançou o primeiro lugar em vários países, entre eles: Estados Unidos, Holanda e Israel. Durante a turnê tocaram em vários festivais e com vários grupos e cantores famosos, entre eles o Ex-Van Halen David Lee Roth. Nuno foi convidado para tocar no "Guitar Legends" em Sevilha, Espanha. Tocou ao lado de Brian May, Steve Vai, Joe Satriani, entre outros.
A turnê de "Pornograffitti" terminou em Honolulu, no dia 15 de Dezembro de 1991. Em Janeiro de 1992 o Extreme fez um dos maiores shows de sua história, para cerca de 60.000 pessoas, no Hollywood Rock, no Rio de Janeiro.
O fenômeno Nuno Bettencourt não parava de ganhar prêmios. Em fevereiro de 1992 foi premiado em todas as categorias a que foi indicado no "Guitar For The Practicing Musician readers' poll". Ganhou os prêmios: "Top Of The Rock", "Songwriter of the Year", "Solo of the Year" (pelo solo de guitarra que fez, chamado "Flight of the Wounded Bumblebee") e também "Guitar LP of the Year". O Extreme foi indicado para oito categorias no Boston Music Awards. Ganhou cinco delas: "Act of the Year", "Outstanding Rock Single" (por "Hole Hearted"), "Outstanding Pop Single" (por "More Than Words"), "Outstanding Song/Songwriter" (Nuno e Gary por "More Than Words") e "Outstanding Instrumentalist" (Nuno Bettencourt).
No dia 20 de Abril tocaram "More Than Words" e uma versão acústica de "Love of My Life" do Queen em um Tributo a Freddie Mercury, para mais de 70.000 pessoas no estádio de Wembley.
Em Setembro de 1992 foi lançado o terceiro álbum do Extreme, "III Sides To Every Story". Esse saiu totalmente do estilo do primeiro álbum da banda. O "Funk Metal" não estava mais presente. O Extreme já se caracterizava como uma banda de rock tradicional. Nuno continuava fazendo sucesso com seus espetaculares solos de guitarra e Gary se mostrava um vocalista eclético, capaz de levar qualquer estilo de música.
Nuno ganhou o prêmio "Guitarist of the Year" da Metal Edge Magazine. A turnê européia da banda terminou em 23 de Dezembro de 1992 no estádio de Wembley, onde foram assistidos e aplaudidos por Brian May, Roger Daltrey, entre outros astros. Mais prêmios vieram para o Extreme. Nuno ganhou o "MVP" no Guitar World readers' poll, deixando para trás Joe Satriani, Edward Van Halen, Slash e Eric Clapton. Ganhou também o prêmio de "Best Rock Guitar", também o "Best Rock Guitar Album" (pelo álbum "III Sides") e "Best Solo" (pelo solo de guitarra de "Rest In Peace").
Paul Geary sai da banda para seguir a carreira de empresário. Mike Mangini entrou em seu lugar como baterista do Extreme. Em 1994 entram em uma turnê européia com o Aerosmith.
1995 foi o ano do quarto álbum da banda, "Waiting For The Punchline". Mais um álbum de sucesso, com vários hits, entre eles: "Hip Today", "Unconditionally" e "Cynical". A primeira e única música instrumental do Extreme saiu nesse álbum. Uma sensacional música de violão chamada "Midnight Express". "Waiting For The Punchline" foi o último álbum. Em 1996 Nuno Bettencourt saiu da banda para carreira solo. Era o fim do Extreme.
Gary foi anunciado algum tempo depois como novo vocalista do Van Halen, Nuno Bettencourt lançou seu CD "Schizophonic" que surpreendeu a todos os fãs que esperavam um CD ao estilo Steve Vai ou Eddie Van Halen. "Schizophonic" se caracterizou como uma mistura de grunge e pop rock. Um som definitivamente esquizofônico. Mike Maganini entrou em turnê com Steve Vai e Pat Badger tirou um tempo para descansar com a família.

Eurythmics




Biografia Eurythmics

Annie Lennox nasceu no dia 25 de dezembro de 1954, em Aberdeen, na Escócia. Filha única, Annie foi extremamente cuidada pelos pais e desde cedo mostrou pendão para as artes musical e ainda menina aprendeu a tocar piano, flauta, além de cantar em corais e estudar dança. A jovem Annie era apaixonada pela música negra, especialmente os artistas da Motown, como Marvin Gaye, Stevie Wonder e Supremes.

Aos 17 anos, resolveu se mudar para Londres e foi estudar na Royal Academy Of Music. Durante três anos ela estudou música clássica e sobrevivia fazendo pequenos serviços, como o de garçonete. Annie confessa que foi muito infeliz nos estudos, abandonando a escola semanas antes dos exames finais, para desconsolo dos pais, que sonhavam em ver a filha famosa.

Um de seus empregos nessa época foi trabalhar em uma loja de discos, onde conheceu Steve Tomlin, com quem teria uma amizade longa. Foi aí que Annie resolveu seguir a carreira musical, tendo a cantora canadense Joni Mitchell como grande inspiração. Assim, ela se juntou ao grupo Dragon’s Playground e Red Brass.

Ao lado da amiga Joy Dey, tentou montar uma dupla vocal com o nome Stocking Tops, o que não deu muito certo. Corria o ano de 1976, quando Annie resolveu arranjar um emprego de garçonete para poder sobreviver, no Pippins Restaurant, em Hampstead. Foi lá que iria conhecer Dave Stewart

Dave se apaixonou logo que botou os olhos nela pedindo para que se casasse com ele imediatamente. Annie jamais aceitou o convite, mas logo descobriu que nutriam uma imensa paixão por música. Começaria um longo casamento (musical) entre os dois…

Nascido em 8 de setembro de 1952, em Sunderland, Dave entrou no mundo musical literalmente por acidente. Tudo aconteceu aos 13 anos, após sofrer uma grave contusão jogando futebol. Dave era um excelente jogador, tendo participado de algumas seleções inglesas menores e durante sua convalescença ganhou uma guitarra para passar o tempo. Após montar um grupo, The Longdancer, Dave acabou encontrando Annie e resolveram morar juntos.

O começo foi bem difícil e eles aproveitavam qualquer chance que tinham para entrar em um estúdio e ensaiarem suas canções. Dave e seu colega Peet Combies procuravam um selo e só conseguiram quando apresentaram Annie.
O resultado foi o nascimento do grupo The Catch que lançou apenas um compacto - Borderline - antes de fracassarem terrivelmente. E o grupo foi abandonado pelo selo quando o trio adicionou Jim Tooney e Eddie Chin em sua formação.

O quinteto acabou mudando de nome; eram agora The Tourists. E a banda começou a ganhar alguns fãs. A mistura punk e pop, além da produção do legendário produtor alemão Conny Plank (trabalhou, entre outros, com o Kraftwerk) fez a banda crescer em palco e até excursionaram ao lado do Roxy Music.
O grupo lançou três discos em dois anos - The Tourists (1979); Reality Effect (1979) e Luminous Basement (1980) e conseguiu um grande sucesso com a cover de um clássico de Dusty Springfield - “I Only Want To Be With You”, do segundo disco, Reality Effect, que chegou a conseguir disco de platina.
Apesar do sucesso, Dave e Annie nunca gostaram muito do grupo ou do formato de banda de rock e resolveram acabar com a banda após cinco compactos e muitas brigas internas, em 1981.

Depois de brigarem com a Logo Records, foram para a RCA e resolveram se mudar para a Alemanha onde, mais uma vez, iriam trabalhar com Conny Plank.

Com ele, começaram a produzir algumas demos, contando até com alguns membros do Can.

A primeira providência adotada por Dave e Annie era de jamais trabalharem novamente com um grupo. A partir de agora, seriam apenas os dois. Para isso, escolheram um nome diferente: Eurythmics (e não The Eurythmics). O nome foi tirado de uma dança grega que Annie aprendeu quando criança e Dave vendeu à RCA que o nome tinha a ver com elementos “europeus e rítmicos”. Mesmo sem convencerem a gravadora, adotaram o nome.
No mesmo ano de 1981 é lançado o primeiro disco, In The Garden. Novamente produzido por Conny Plank, teve dois compactos, “Belinda” e “Never gonna cry again”. O disco mostrava o Eurythmics procurando uma linguagem própria e calcada demais nos modelos new wave da época. O grupo promoveu “Never gonna cry again” no programa The Old Grey Whistle Test tendo o baterista do Blondie, Clem Burke, como convidado. Mas nem assim conseguiram melhorar as vendagens.

No ano seguinte, lançaram mais dois compactos, “This is The House” e “The Walk”, que também fracassaram. As coisas pioraram quando Dave ficou doente e precisou fazer uma operação no pulmão, o que fez Annie entrar em uma profunda crise de depressão.

Enquanto Dave se recuperava, o grupo começou a trabalhar novamente em novas canções e, em 1983, arrebentaram geral com o disco Sweet Dreams (are made of this). O disco vendeu muito e a faixa-título ficou em primeiro lugar na parada norte-americana e em segundo na parada britânica. Contribuiu fortemente para o sucesso, o video, em que mostra uma Annie Lennox andrógina, de terno, cabelo curto e pintado de vermelho. Em um ano de três grandes nomes do universo pop - Michael Jackson, The Police e David Bowie - caberia àquele estranho duo liderar as paradas de sucesso de todo o planeta.

Annie começaria a adotar esse visual - bolado por Laurence Stevens - nos próximos anos e, não raramente, alguns achariam que Annie era na verdade um travesti.
Após uma grande excursão mundial, o duo voltou aos estúdios para gravarem um novo disco, Touch, que rendeu outros grandes sucessos como, “Here Comes The Rain Again”, “Right By Your Side” e “Who’s That Girl”.

O disco ficaria em primeiro no Reino Unido e em sétimo nos Estados Unidos, consolidando o sucesso.

Data dessa o encontro com Radha Raman, um monge Hare Krishna, com quem ela acabaria casando, para tristeza de seus conservadores pais.

O casal acabaria fixando residência na Suíça, na tentativa de obterem maior privacidade, algo impossível para alguém tão famosa como Annie.
O ano de 1984 ainda teria mais dois lançamentos do grupo; o EP de remix Touch dance e a trilha-sonora do filme 1984, que rendeu dois sucessos - “Sex Crime” e “Julia”.

O filme era inspirado no clássico livro de George’s Orwell, de mesmo nome, e foi dirigido por Michael Radford, que não ficou muito feliz com a escolha do duo.

Apesar de não ser considerado um disco oficial do grupo até hoje, o LP vendeu bem e “Sex Crime” alcançou o quinto posto nas paradas.
Em fevereiro de 1985, acaba o casamento de Annie e o grupo entra imediatamente em estúdio para lançar um novo e excelente disco, Be Yourself Tonight. O disco marcaria, pela primeira vez, a primeira posição na parada britânica com “There Must Be An Angel (Playing With My Heart)”. O disco trazia também a participação de Aretha Franklin na faixa “Sisters Are Doin’t For Themselves”. A curiosidade sobre essa canção é que seria Tina Turner a primeira opção, que acabou recusando o convite por achar a letra feminista demais.

Mas, o grupo acabou não saindo em turnê e não participaram do Live Aid, por problemas emocionais da vocalista. Paralelamente, Annie e Dave se envolviam em campanhas humanitárias.
Já que Annie não conseguia excursionar, a saída foi entrar novamente em estúdio, desta vez na França, onde gravaram Revenge. O disco rendeu uma outra excursão e dois sucessos - “Missionary Man” e “Miracle Of Love”. E foi durante a excursão que Annie conheceu o diretor israelense Uri Fruchtman, que havia realizado um documentário sobre a banda, no Japão. Eles acabaram se casando em 1988, mesmo ano em que Dave contraiu matrimônio com Siobhan Fahey do Bananarama.
Em 1987, a dupla lança Savage, um disco mais experimental e que rendeu os modestos sucessos “You Have Placed A Chill In My Heart” e “I Need A Man”.

O LP acabou vendendo pouco, apesar de receber boas críticas.

Em 1988, Annie participou do concerto ao líder sul-africano Nelson Mandela no estádio de Wembley e viveu uma drama em dezembro, quando seu primeiro filho, Daniel, nasceu morto.
Ainda deprimida, Annie e Dave lançaram um novo disco, We Too Are One, incluindo “Angel”, feita em homenagem ao filho. O disco marca também a separação de Annie e Dave, que resolvem não gravar mais com o nome Eurythmics.

Annie entra de cabeça em uma bem-sucedida carreira solo, enquanto Dave ataca de produtor (função que fez trabalhar com Bob Dylan, por exemplo) e novos projetos, solos ou com sua banda, Spiritual Cowboys.

Enquanto a banda estava separada (mas não oficialmente terminada) foram lançados os discos Greatest Hits - que chegou ao número 1 das paradas inglesas e ficou entre os mais vendidos por 40 semanas - e Live 83-89.
E, para surpresa de muitos, em 1999, os dois anunciam a volta da dupla e um novo trabalho; Peace. O disco trazia letras de cunho político, inspirada na Anistia Internacional.

O disco foi promovido com uma imensa turnê e o Eurythmics participou de shows para a Anistia e o Greenpeace.

Dois singles tirados do novo trabalho tiveram participações modestas nas paradas inglesas; “I Saved The World Today” (ficou em 11º) e “17 Again” (27º). O disco, no entanto, alcançou o quarto lugar na parada britânica e apenas o 27º lugar na América.
Mas a banda teve novamente problemas e Annie teve uma forte crise na coluna após a excursão. Com isso, pela segunda vez, a banda se dissolve.

Os dois até chegaram a se reunir para um novo disco, mas que nunca foi gravado.

Após várias participações - Annie participou da trilha sonora do filme O Senhor dos Anéis, que venceu o Oscar, e excursionou com Sting - os dois voltaram a se reunir em 2005 e lançaram um novo single, “I’ve Got a Life”, a primeira canção inédita em seis anos do Eurythmics.

E, para comemorar os 25 anos de carreira, todos os discos do grupo foram editados de forma remasterizada e com faixas bônus.
Embora nenhum disco ainda esteja programado, o Eurythmics voltou para uma série de apresentações. O que ninguém sabe ainda é se a volta é definitiva ou apenas momentânea.



RESUMO:



O Eurythmics foi formado na Inglaterra por Dave Stewart e Annie Lennox e ficou ativo durante toda a década de 80. O casal trabalhou junto pela primeira vez no grupo The Tourist em 1978, quando também começaram a namorar. Dois anos depois, eles saíram do grupo e terminaram o romance, mas não a parceria profissional. Nasceu o Eurythmics, com visual andrógino e um pop com soul music e rock, reforçado pela guitarra de Dave e a força da voz de Annie.A dupla gravou na Alemanha o primeiro álbum, “In the Garden”, lançado somente na Europa em 1981. O disco não vendeu bem e logo eles entraram em estúdio novamente. O sucesso chegou com o álbum “Sweet Dreams (Are Made of This)”, cuja faixa título estourou em diversos países em 1983. O clipe da música foi exibido maciçamente e embalou outros hits do disco, como “Love Is a Stranger”. No mesmo ano, ainda saiu “Touch”, álbum que chegou à sétima posição da Billboard.Do livro de George Orwell, “1984”, foi inspirado um filme lançado no ano do título. E do filme, saiu o quarto disco da carreira do Eurythmics, “1984”, mas as músicas não foram usadas no filme. As faixas “Julia” e “Sexcrime” foram os destaques e ganharam versões produzidas em vídeoclipe. No ano seguinte, mais um álbum chegava às lojas, “Be Yourself Tonight”. O hit “There Must Be na Angel (Playing With My Heart)” alavancou a venda do disco e colocou a dupla no auge do sucesso.O prestígio dos músicos os levou a trabalharam em outras áreas. Dave virou também produtor musical e trabalhou com Bob Dylan e Mick Jagger. Já Annie estreou como atriz no cinema. Os dois discos seguintes não foram um estouro de vendas, mas fizeram com que a dupla permanecesse nas paradas. A chegada de “We Too Are One”, em 1989, colocou o Eurythmics novamente como número um na Europa.Após “We Too Are One”, Annie e Dave decidiram terminar com a dupla. A gravadora ainda lançou em 1991 um disco com os maiores sucessos, “Greatest Hits”. Os anos seguintes foram de muito trabalho e reconhecimento para os dois. Annie iniciou a carreira solo e fez da música “Why” um sucesso tremendo. Já Dave, começou como produtor musical, mas depois deu início também a um trabalho individual.Em 1999, a dupla voltou a se reunir para uma turnê em prol do Greenpeace e da Anistia Internacional e para a gravação do álbum “Peace”. A volta não durou muito e logo os dois estavam trabalhando nas carreiras pessoais. Annie e Dave subiram ao palco mais uma vez como Eurythmics para uma participação no projeto de Nelson Mandela, “Stayin Alive”, na África do Sul. Realizado no final de 2003, o evento reuniu diversos músicos com o objetivo de arrecadar dinheiro para a luta contra a Aids.Em 2005 a banda colocou nas lojas mais um compilação de sucessos. O disco, batizado de “Ultimate Collection”, reúne além de grandes hits da carreira da dupla, as inéditas “I’ve Got a Life” e “Was It Just Another Love Affair?”.

Edson Cordeiro




Biografia Edson Cordeiro

Em termo musical existe uma palavra apropriada para descrever Edson Cordeiro: fenómeno. Não é exagero – Edson é uma daquelas raras pessoas onde um talento maior do que a vida, características especiais como uma voz ímpar, um carisma profundo e uma sensibilidade literalmente à flor da pele se combinam para gerar um artista total. Um fenómeno! O público português vai poder finalmente constatar de perto a dimensão artística de Edson na Casa da Música, no Porto, a 23 de Abril, no Teatro das Figuras, em Faro, no dia 24, no Theatro Circo, em Braga, a 26 e, finalmente, ainda em Abril, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, a 27. O espectáculo tem por título “The Woman’s Voice” e é uma viagem, acompanhada pelo piano de Broder Kuhne, pelo mundo e pelas vozes das mulheres possibilitada pelo alcance extraordinário de 4 oitavas que lhe confere uma capacidade única: a sua voz já foi apontada como a mais alta entre os contratenores da actualidade. E por isso a expectativa tem que ser alta, perante os ecos que chegam de uma Europa rendida: “imaginem Freddie Mercury cruzado com Maria Callas com o resultado filtrado pelo espírito livre de Janis Joplin e começarão a aproximar-se do enigma que é Edson Cordeiro.”
Edson foi nomeado para os Gammys Latinos em 2006, um dos pontos altos de uma carreira que há muito começou a impressionar. Nascido em Santo André, no estado de São Paulo do Brasil, em 1967, Edson cedo demonstrou inclinação musical – aos seis anos começou mesmo a cantar na Igreja, actividade que realizou regularmente até aos 16. Algo mudou no seu rumo musical quando, em 83, ingressou numa produção musico-teatral de Miguel Briamonte, a ópera rock “Amapola”. A ligação a Briamonte foi importante, pois este seria o produtor dos primeiros álbuns de Edson. Passo seguinte na carreira musical de Edson? A participação no famoso musical “Hair”, obra-charneira da década de 60 que proclamava uma liberdade que Edson nunca abandonou: subiu ao palco em 1988. No ano seguinte, a participação no elenco de uma produção de um texto de Moliére levou-o até aos Estados Unidos, Europa e a vários países da América Central.
Em 1990, já com significativa experiência de palco acumulada, Edson estreou um espectáculo a solo na sala Mistura Up do Brasil e os aplausos não se fizeram esperar: as editoras estavam atentas e as propostas de edição começaram a chegar. Afinal de contas, Edson soava como nenhum outro artista antes dele, encaixando no seu espectáculo clássicos brasileiros de Noel Rosa e Pixinguinha, rock clássico de Janis Joplin e Rolling Stones, sons mais modernos de Prince e peças intemporais de Mozart! A imprensa estava atenta e começou a sublinhar o talento particular de um cantor que se expressava em pelo menos cinco línguas e ainda mais idiomas musicais. O primeiro álbum surgiu pouco tempo depois, em 1992, com selo Sony Music: “Edson Cordeiro” (92), “Edson Cordeiro” (94) e “Terceiro Sinal” (96) são trabalhos em que Edson expôs o seu extraordinário alcance de 4 oitavas sobre produções de Eduardo Souto Neto, Miguel Briamonte e Fábio Fonseca.
É nesta altura que Edson começa a fazer digressões pela Europa tendo imediatamente conquistado o público da Alemanha. A imprensa alemã não hesitou e descreveu a voz de Edson Cordeiro como “a oitava maravilha do mundo”. Incapaz de se acomodar, Edson editou em 97 o álbum “Clubbing” com uma controversa versão techno de “Ave Maria” que atraiu opiniões reprovadoras de alguns sectores da igreja católica, mas que se transformou num sucesso no Brasil. “Disco Clubbing ao Vivo” (98) e “Disco Clubbing 2 Mestre de Cerimónia” (99) fecharam a década com chave de ouro, mostrando Edson a interpretar alguns dos maiores êxitos de Disco dos anos 70 e 80.
“Dê-se ao Luxo” (2001) marcou a entrada na nova década com um justíssimo reconhecimento dos seus pares: lendas como Ney Matogrosso e Rita Lee, além de um líder da nova escola como DJ Patife, participaram nesse álbum, sublinhando o apreço que sentiam por Edson Cordeiro. O álbum “Contratenor” (2005) foi inteiramente dedicado ao estilo barroco e mostrou-nos um impressionante Edson a interpretar peças de Haendel, Bach, Mozart e outros grandes compositores. A seriedade desse trabalho valeu-lhe a nomeação para os Grammys Latinos em 2006 na categoria de Melhor Álbum Clássico. Já o ano passado, na Sony BMG, foi editado o álbum de colaboração com os Klazz Brothers, “Klazz Meets The Voice”, encontro de dois mundos e duas sensibilidades que arrancou generalizados aplausosa à crítica.
E agora? Edson chega a Portugal com um espetáculo muito especial, que já arrasou corações por essa Europa Fora. “The Woman’s Voice” é uma sentida e intensa homenagem às mulheres que vê Edson interpretar Edith Piaf, Yma Sumac, Billie Holiday, Shirley Bassey, Madonna e Amália, por quem o cantor afirma ser apaixonado desde criança. O Berliner Morgen-Post não teve dúvidas e escreveu que “vozes como a de Edson soam como se fossem de outro mundo. Um cantor sem limites!” Perante tudo isto, resta-nos o aplauso rendido.

Elizeth Cardoso


Biografia Elizeth Cardoso a "Divina"


Elizete Moreira Cardoso nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de Julho de 1920. 7/5/1990. Nasceu em São Francisco Xavier, perto do morro de Mangueira; o pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar. Pouco antes de completar seis anos estreou cantando no rancho Kananga do Japão; aos oito já cobrava ingresso (10 tostões) da garotada da vizinhança para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. Cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, peleteira, funcionária de uma fabrica de saponáceos e cabeleireira, ate ser descoberta, na festa de seu 16º aniversario, por Jacó do Bandolim, que a convidou para fazer um teste na Rádio Guanabara. Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 18/8/36 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal da mesma rádio.

Depois, passou pela Rádio Educadora, programa Samba e Outras Coisas, e por outras emissoras do Rio de Janeiro. Mas, como os salários eram baixos, no começo de 1939 começou a fazer shows em circos, clubes e cinemas, apresentando um quadro com Grande Otelo, que se repetiria por quase dez anos: Boneca de piche (Ari Barroso e Luís Iglesias). O sucesso das apresentações e seu talento de passista lhe valeram o convite para ingressar como sambista em uma companhia de revista, onde conheceu Ari Valdez, com quem se casou no final de 1939.

O casamento durou pouco, resolveu então trabalhar em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo. Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa Pescando Humoristas.

Regressou ao Rio de Janeiro em meados de 1946 e voltou a atuar no Avenida como crooner da orquestra de Dedé, com quem rompeu rapidamente, passando a cantar em outros dancings. Em 1948, foi contratada pela Rádio Mauá para o programa Alvorada da Alegria; mas logo a seguir transferiu-se para a Rádio Guanabara. Em 1950, graças a Ataulfo Alves, gravou pela primeira vez na Star, cantando Braços vazios (Acir Alves e Edgard G. Alves) e Mensageiro da saudade (Ataulfo Alves e José Batista), mas não chegou a ter êxito: o disco foi logo tirado de circulação por defeitos técnicos. O sucesso veio na segunda gravação, realizada na Todamérica em 1950, com a música Canção de amor (Chocolate e Elano de Paula), tendo no outro lado do disco o samba Complexo (Wilson Batista). O grande êxito de Canção de amor levou-a a Rádio Tupi e, em 1951, a uma participação no primeiro programa de televisão no Rio de Janeiro (TV Tupi) e nos filmes Coração materno, de Gilda de Abreu, e É fogo na roupa, de Watson Macedo. Ainda em 1951, foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga e pela boate Vogue, e gravou um dos seus maiores sucessos, Barracão (Luís Antônio e Oldemar Magalhães). Em 1952, além de atuar no filme O rei do samba, de Luís de Barros, gravou Maus tratos (Bororó e Dino Ferreira) e Nosso amor, nossa comédia (Erasmo Silva e Adolar Costa). Em 1953 participou do show Feitiço da Vila, na boate Casablanca, no Rio, estreando-o em São Paulo no ano seguinte, quando foi contratada pela Rádio e TV Record. Ainda em 1954, deixou a Rádio Tupi e foi para a TV Rio; logo depois gravou seu primeiro LP pela Todamerica e apresentou-se no Uruguai.

No ano seguinte, trabalhou em outro filme, Carnaval em lá maior, de Ademar Gonzaga, e lançou seu primeiro LP, Canções a meia-luz com Elizeth Cardoso (Continental). Passou, em 1956, para a gravadora Copacabana, onde lançou a maior parte de seus grandes sucessos.

Em 1957, lançou dois LPs pela Copacabana: Fim de noite e Noturno. Em 1958, trabalhou nos filmes Na corda bamba, de Eurides Ramos, Com a mão na massa, de Luís de Barros, e Pista de grama, de Haroldo Costa. Nesse mesmo ano, lançou na etiqueta Festa o LP Canção do amor demais, disco considerado inaugural da bossa nova, pois era todo dedicado as musicas de Tom Jobim e Vinícius de Morais, alem do acompanhamento ao violão de João Gilberto em Chega de saudade e Outra vez. Em 1959, gravou para o filme Orfeu do Carnaval, de Marcel Camus, as canções Manha de Carnaval e Samba de Orfeu. No inicio da década de 1960, estreou o programa Nossa Elizeth, na TV Continental, do Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1960, após o lançar o disco Magnifica, foi contratada pela Rádio Nacional, no programa Cantando pelos Caminhos. Em seguida, lançou o disco Sax voz e apresentou-se em Buenos Aires e em Portugal; na volta lançou um dos LPs mais vendidos em toda sua carreira, Meiga Elizete. Em 1961, aproveitando o sucesso dos discos anteriores, lançou Meiga Elizeth n.º 2, e Sax voz n.º 2, sem muita repercussão se comparados ao LP Elizeth interpreta Vinícius (1963). A 16 de novembro de 1964, após lançar o quinto disco da serie Meiga Elizeth, deu um importante recital no Teatro Municipal, de São Paulo, interpretando as Bachianas brasileiras n.º 5 (Villa-Lobos), e, em março do ano seguinte, participou do espetáculo Rosa de ouro, que deu origem ao LP Elizeth sobe o morro, um marco da discografia brasileira.

Ainda em 1965, em agosto, iniciou na TV Record, de São Paulo, o programa Bossaudade, que teve grande êxito por quase dois anos. Terminou o ano de 1965 participando do espetáculo Vinícius, poesia e canção, no Teatro Municipal de São Paulo. Em 1966, participou da delegação brasileira ao Festival de Arte Negra, em Dacar, Senegal, e no ano seguinte lançou pela Copacabana o LP A enluarada Elizeth, com participação especial de Pixinguinha, Cartola, Clementina de Jesus e Codo. Em fevereiro de 1968 realizou no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, um espetáculo com o Zimbo Trio, Jacó do Bandolim e seu conjunto Época de Ouro; o show, produzido por Hermínio Bello de Carvalho para o Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro, foi gravado ao vivo em 2 LPs. Ainda em 1968, realizou com o Zimbo Trio uma longa excursão pela América Latina para divulgar a MPB. Um ano depois gravou Sei lá, Mangueira (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho), foi convidada pela OEA para participar, com o Zimbo Trio, do Festival Interamericano de Musica Popular, em Buenos Aires, realizou shows nas boates Blow-Up, em São Paulo, e Sucata, no Rio de Janeiro, lançando o LP Elizeth e Zimbo Trio balançam na Sucata, e, por fim, já no final do ano, estreou novo show no Sucata, com mais um disco gravado ao vivo: É de manhã. Participou de uma tourneé pelos EUA, em abril de 1970, junto com o Zimbo Trio e, no ano seguinte, lançou dois LPs com Silvio Caldas, onde cada um canta alguns dos sucessos do outro. Em 1973, apresentou o programa Sambão, pela TV Record, de São Paulo, que ficou cerca de um ano e meio no ar.

Em 1974 foi homenageada pela Escola de Samba Unidos de Lucas, que obteve o segundo lugar no desfile com o tema Mulata maior, a Divina, e teve sua interpretação de Carolina (Chico Buarque) incluída no filme francês O jogo com o fogo, de Alain Robbe-Grillet. No inicio de 1975 apresentou-se com imenso sucesso em Paris, no Festival do Mercado Internacional de Discos e Editoras Musicais (MIDEM). No ano seguinte, passou a apresentar o programa Brasil Som 7, na TV Tupi de São Paulo, e lançou Elizeth Cardoso, ainda pela Copacabana. Em setembro de 1977 fez uma tourneé pelo Japão, onde gravou o LP Live in Japan (Global Records). Em 1978, realizou sua segunda excursão pelo Japão, gravando um LP duplo ao vivo, lançado apenas em 1982 pela Victor. De volta ao Brasil, lançou o álbum duplo A cantadeira do amor, o ultimo pela Copacabana, gravadora na qual lançou 31 LPs e 25 discos 78 rpm. Em 1979, na Som Livre, lançou O inverno de meu tempo. Ainda em 1979, em uma produção de Hermínio Bello de Carvalho, apresentou-se com a Camerata Carioca, dirigida por Radamés Gnattali; inaugurando uma parceria que se estenderia ate suas ultimas gravações.

Em 1980, após excursionar pela Argentina, percorreu o Brasil com o Projeto Pixinguinha da Funarte, e em dezembro estreou, no Teatro João Caetano, o espetáculo Vida de artista, que deu origem ao LP Elizethissima (Som Livre). Em 1981 participou do Projeto Seis e Meia e do Projeto Pixinguinha. No inicio de 1982 estreou no Rio de Janeiro o espetáculo Reencontro e lançou seu terceiro LP pela Som Livre: Outra vez. Em 1983 apresentou-se com a Orquestra de Câmara do Recife e, depois, com a Camerata Carioca, no show Uma rosa para Pixinguinha, na Funarte do Rio de Janeiro, o que lhe rendeu um LP, lançado poucos meses depois. No ano seguinte estreou no Rio de Janeiro o espetáculo Leva meu samba, promovido pela Funarte, em homenagem aos 15 anos da morte de Ataulfo Alves, levou o espetáculo para o Nordeste e, depois, para São Paulo, onde o show foi gravado pelo selo Eldorado, mas lançado apenas em maio de 1985.

Em 1986, em comemoração aos seus 50 anos de carreira, estreou no Scala do Rio de Janeiro o espetáculo Luz e esplendor e lançou um disco de mesmo nome, pela Arca Som. Em agosto de 1987, com o Zimbo Trio, o Choro Carioca e Altamiro Carrilho, realizou sua terceira e mais longa excursão pelo Japão, quando descobriu que estava com câncer.

Em janeiro de 1988 participou da gravação de um disco com a obra de Herivelto Martins, lançado em 1993 pela Funarte: Que rei sou eu?. Ainda em 1988, foi a grande ovacionada no 1º Prêmio Sharp de Musica, e, depois, participou do projeto Som do meio-dia, ambos no Rio de Janeiro. Em 1989, ao lado de Rafael Rabelo, apresentou-se novamente no projeto Seis e meia, no Teatro João Caetano, e realizou suas ultimas gravações: Ari amoroso (LP brinde de uma fabrica de moveis) e Todo sentimento, lançado em 1991 pela Sony Music. Em 1994, Sérgio Cabral lançou Elizeth Cardoso, uma vida, Ed. Lumiar, RJ. Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México. Durante quase sete décadas de vida artística, interpretou quase todos os gêneros, tendo-se fixado no samba, que cantava com extraordinária personalidade, o que lhe valeu vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba (pelo seu donaire ao cantar) e outros como Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnifica (apelido dado por Mister Eco), a Enluarada (por Hermínio Bello de Carvalho). Nenhum desses títulos, porem, se iguala ao criado por Haroldo Costa e que permaneceu para sempre ligado ao seu nome – A Divina. Faleceu em 07 de Maio de 1990.

Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha



RESUMO:

Elizeth Moreira Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1920 — 7 de maio de 1990) foi uma cantora brasileira.
Elizeth, A Divina, é considerada como uma das maiores intérpretes da canção brasileira e um das mais talentosas cantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica.
Nasceu na rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, e cantava desde pequena pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar.

Primeira apresentação

Desde cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira, até que o talento foi descoberto aos dezesseis anos, quando comemorava o aniversário. Foi então convidada para um teste na Rádio Guanabara, pelo chorão Jacob do Bandolim.
Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio.
Casou-se no fim de 1939 com Ari Valdez, mas o casamento durou pouco. Trabalhou em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo.
Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do Dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa Pescando Humoristas.

Estilo

Além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 30), ao lado de Maysa Matarazzo, Nora Ney, a maior intérprete do gênero, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba canção antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 50, 1957), com o qual Maysa já foi identificada. Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia.
Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova gravando em 1958 o LP Canção do Amor Demais, considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda, também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de saudade, Luciana, Estrada branca, Outra vez. A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto.

Anos 60

Nos anos 60 apresentou o programa de televisão Bossaudade (TV Record, Canal 7, São Paulo). Em 1968 apresentou-se num espetáculo que foi considerado o ápice da carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do Som (MIS) (Rio de Janeiro). Considerado um encontro histórico da música popular brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia; long-plays (Lps) foram lançados em edição limitada pelo MIS. Em abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) interpretando Valsa do amor que não vem (Baden Powell e Vinícius de Moraes); o primeiro lugar foi da novata Elis Regina, com Arrastão.

Apelidos

Teve vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba, Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnífica (apelido dado por Mister Eco) e a Enluarada (por Hermínio Bello de Carvalho). Nenhum desses títulos, porém, se iguala ao que foi consagrado por Haroldo Costa –- A Divina -- que a marcou para o público e para o meio artístico.
Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México.

Erasmo Carlos


Biografia Erasmo Carlos

ERASMO CARLOS: UM BREVE PERFIL

Na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, o garoto Erasmo Esteves cresceu cercado por elementos que tornariam sua identidade musical singular. Já adolescente, fez destacar sua personalidade no meio de um bando de fãs de rock´n´roll e bossa nova que se reunia no hoje famoso Bar Divino, na Rua do Matoso. Tim Maia e Jorge Ben, ambos maníacos por música, faziam parte dessa turma. Logo depois, conheceu o capixaba aspirante a cantor Roberto Carlos, quando concerto de Bill Haley no ginásio do Maracanãzinho. Aquela visão do herói do rock americano em solo brasileiro abriu a mente de Erasmo: de volta ao bairro, formou os Snakes com os dissidentes de outro grupo local, os Sputniks - que encerraram atividades após lendária briga entre dois de seus integrantes, Roberto Carlos e Tim Maia
.

O grupo vocal de Erasmo estrelou algumas aventuras no underground do mercado musical, até ser contratado pela gravadora pernambucana Mocambo como "concorrentes" dos Golden Boys.
Na Mocambo, os Snakes gravaram um bolachão de 78 RPM e também um compacto duplo em 1960, antes de chegarem, por fim, a um único LP, “Só Twist”, pela CBS em 1961. Como nem nesta oportunidade o grupo alcançou o sucesso, seu final foi decretado.

Sem seu conjunto e sem a perspectiva de gravação como artista solo, Erasmo foi arranjar trabalho como assistente do apresentador e produtor Carlos Imperial - por intermédio de quem viria a tornar-se crooner do grupo Renato & Seus Blue Caps, em 1962. Com Erasmo dividindo os vocais com o baixista Paulo César, Renato & Seus Blue Caps publicaram seu primeiro LP para a Copacabana. Curiosamente, não muito depois, os Blue Caps acompanhariam o próprio Roberto Carlos na gravação de "Splish Splash", numa versão para o português feita por Erasmo. O sucesso do disco garantiu não só a contratação de Renato & Seus Blue Caps pela CBS, como também o nascimento da lendária parceria entre Roberto e Erasmo
.

Ao mesmo tempo, Erasmo - já com o nome artístico Erasmo Carlos - tornou-se versionista para diversos artistas. Isso, somado ao sucesso de suas parcerias com Roberto, o levou no final de 1964 até a gravadora RGE (mais direcionada à MPB e ao samba), para ser o nome do selo no já disputado mercado do iê-iê-iê. O pop-rock brasileiro, que começara com o rock´n´roll dos anos 50 e havia passado pelo twist do início dos anos 60, chegava ao iê-iê-iê naquele 1964 como um reflexo comportamental local à beatlemania. A Jovem Guarda agrupou as influências do pop britânico e ganhou popularidade definitiva a partir de setembro de 1965 - quando a TV Record estreou o programa Jovem Guarda. Apresentado por Roberto, Erasmo e Wanderléa
em São Paulo por três anos seguidos, o programa deu visibilidade para que Erasmo e Roberto se tornassem os principais nomes e também compositores da Jovem Guarda, com talento de sobra para garantir material de qualidade até para os colegas.

Em pouco mais de cinco anos na RGE, que se estenderam até o final dos anos 60, Erasmo gravou discos com acompanhamento dos amigos
Renato e seus Blue Caps, os Fevers, The Jet Black´s e The Jordans, além do Som Três de César Camargo Mariano. Com o fim do programa (e do movimento) Jovem Guarda, Erasmo mergulhou ainda mais na bossa e na MPB que vinha tangenciando ao longo dos anos. Ele, que havia composto para festivais e até gravado "Aquarela do Brasil" em 1969 -, voltou a morar no Rio de Janeiro e foi contratado pela PolyGram.

Naquele início dos anos 70, a gravadora formou um elenco invejável de MPBistas e lá Erasmo deixaria gravados discos que bem mesclaram suas raízes roqueiras com as tendências da MPB. Influenciado pelo movimento tropicalista e pela música negra americana, cravou seqüência antológica de discos durante toda a década de 70, como “Carlos, Erasmo...” (1971), “Sonhos & Memórias 1941-1972” (1972) ou “Pelas Esquinas de Ipanema” (1978). Tal fase desembocaria, já no início dos anos 80, em período de grande sucesso comercial, com os discos “Erasmo Carlos Convida...”
(1980), “Mulher (Sexo Frágil)” (1981) e “Amar Pra Viver ou Morrer de Amor” (1982).

Após trabalhar mais esporadicamente durante a década de 90 (quando regravou antigos sucessos, participou de homenagens à Jovem Guarda e de discos-tributos vários), Erasmo adentrou o terceiro milênio contratado pela Abril Music. Em 2001, completou 60 anos e lançou seu 22º disco, “Pra Falar de Amor”. "O melhor amigo do Rei recupera, enfim, o lugar a que faz jus", saudou a revista Época. "Erasmo ainda é demais para nossos pobres corações", deliciou-se a Folha de São Paulo. O show desse álbum foi lançado depois em CD e DVD: “Erasmo Ao Vivo”, que, além de registrar um momento histórico de um mito da música brasileira, ajudou a compor um painel de sua vasta obra – com um mini-documentário contando com depoimentos de
Erasmo, Rita Lee, Gilberto Gil, Wanderléa, Marina Lima, Adriana Calcanhotto, Renato Barros e Roberto Menescal.

No final de 2002, os 40 anos de carreira de Erasmo foram comemorados com o lançamento da caixa “Mesmo Que Seja Eu” – contendo toda a sua discografia no período 1971-1988, recheada de material bônus raro e inédito. No ano seguinte, ao final do 10º Prêmio Multishow de Música, Erasmo foi o grande homenageado da noite – com um prêmio especial pelo conjunto da obra. Nos últimos meses Erasmo vem estabelecendo parcerias novas com amigos como Roberto Frejat e Max de Castro, e para este 2004 preparou e já está lançando o novo CD “Santa Música”. De fato o mais autoral dos discos de Erasmo, este novo trabalho traz músicas feitas somente pelo Tremendão e foi produzido por Marcelo Sussekind. Com sua capa provocante e uma sonoridade moderna sem deixar o lado bom do som vintage, o novo trabalho confirma o que todos já perceberam nos últimos ano: Erasmo Carlos entrou no novo milênio com toda disposição, e – para a felicidade de todos – com o bom humor e a inteligência que sempre lhe foram peculiares.

Biografia II-

Parceiro cativo de Roberto Carlos (praticamente todas as músicas que lançam são assinadas em dupla) e um dos grandes roqueiros brasileiros, o carioca Erasmo Carlos começou carreira musical em 1958 cantando no grupo The Sputniks, do qual ainda faziam parte Roberto, Tim Maia, Arlênio Lívio, Edson Trindade e China, todos integrantes da turma roqueira da Rua do Matoso, no bairro da Tijuca. Sem Tim, os Sputniks viraram The Snakes – mais tarde, perderiam Roberto também. O resultado é que, em 1962, Erasmo estaria cantando no grupo Renato e Seus Blue Caps, com quem gravou LP homônimo. Seu primeiro grande sucesso viria em 1964, já em carreira solo: “Festa de Arromba”, composta em parceria com Roberto. No ano seguinte, Erasmo, seu parceiro e a cantora Wanderléa foram convidados para apresentarem o programa de auditório da TV Record Jovem Guarda, catalizador de toda aquela música jovem que estava sendo feita no Brasil. Rebatizado de “O Tremendão”, Erasmo iniciou uma longa fileira de sucessos: “Você Me Acende”, “Gatinha Manhosa”, “Terror dos Namorados”, “Vou Ficar Nu Para Chamar Sua Atenção”, “Minha Fama de Mau”, “Estou Dez Anos Atrasado”, “Vem Quente Que Estou Fervendo”, “Coqueiro Verde”, “Sentado à Beira do Caminho”, entre outros. Ator nos filmes “Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa”, “A 300 km por hora” e “Os Machões”, ele gravou nos anos 70 importantes LPs, como “Sonhos e Memórias – 1941-1972” (das músicas “Mané João” e “Mundo Cão”) e “1990 – Projeto Salvaterra”, dos hits “Sou uma Criança, Não Entendo Nada” e “Cachaça Mecânica” (de surpreendente êxito no mercado holandês). Voltaria ao sucesso esporadicamente nos anos 80, com as músicas “Mulher” (parceria com a mulher, Narinha), “Mesmo Que Seja Eu”, “Pega na Mentira” e “Close”. No final dos anos oitenta, Erasmo regravou sua “A Carta” em dueto com Renato Russo, da Legião Urbana. Em 1997, foi homenageado junto com Roberto Carlos pelo conjunto da obra, no XVII Prêmio Shell para a Música Brasileira.

Depoimentos:


Se Roberto & Erasmo são nossos Lennon & McCartney, então certamente Erasmo é nosso John Lennon. Ele é o cara que nunca fez muita questão de agradar aos outros, é o junkie, o cara da bebedeira, o anti-herói, enquanto o Roberto é aquela coisa mais certinha. Até por isso, sempre achei Erasmo o mais simpático. Até por não ser um erudito, a obra do Erasmo é mais intuitiva. Mesmo as músicas mais divertidas, como "Pega na Mentira" reforçam esse lado dele, mais humano.

SAMUEL ROSA, Skank


Roberto Carlos é o rei Arthur, Erasmo é Lancelotte e, se Wanderlea não houvesse chegado primeiro, eu adoraria ter feito o papel de Guinevere! Estou louca para ouvir o novo disco do Cavaleiro Encantado. Erasmo já estava fazendo falta aqui nas bandas e bundas da MPB! Sempre gostei do Rei, mas Erasmo foi meu muso inspirador quando disse que roqueiro brasileiro tem cara de bandido! Longa vida a Lancelotte!


RITA LEE


Eu cresci ouvindo as músicas do Erasmo. Já cantei várias delas que já fazem parte da minha história e da história de todos os brasileiros, de várias gerações. Quando ele foi ver meu show, era um sonho. Eu disse pra ele: "Eu quero fazer uma música com você. Erasmo se adiantou mandando um CD-R pra mim". Aí nasceu "Mais Um Na Multidão.


MARISA MONTE, para o programa Nação MTV.


O Erasmo parece uma rocha que fica na beira do mar. Quando a gente olha, ama imediatamente.


CAETANO VELOSO


Tenho uma lembrança afetiva de Erasmo vinda de quando eu era criança, do convívio e da presença dele na minha infância. De sde então, admiro seu trabalho e, como muitos, prefiro sua fas e soul (na virada dos anos 60 para os 70), já que é próximo do que faço. Mas há tantas canções que ele fez com Roberto Carlo s, como "Sentado à Beira do Caminho", que me acompanharão para sempre. Erasmo é o ícone da boa música pop.


WILSON SIMONINHA


Pra falar a verdade, o Erasmo e a Jovem Guarda nunca foram grandes influências na minha carreira. Sempre curti mais um samba, fui mais para esse lado. Mas é inegável que essa geração foi a responsável por trazer o rock para o Brasil, a importância deles é enorme. O fato de a minha música, "Pra Falar de Amor", ter entrado no novo disco do Erasmo e ainda ter se tornado a faixa título foi uma coisa surpreendente para mim. A gente nem se conhece pessoalmente. O que aconteceu foi que eu fiquei sabendo que ele estava querendo gravar músicas de artistas mais novos e, sem a menor pretensão, gravei essa música em um MD, apenas voz e violão, uma coisa bem relax. Mandei por mandar mesmo. Quando fiquei sabendo que ele gostou, e que ia incluir no disco, fiquei extremamente lisonjeado, foi uma grande honra para mim. Esse é um belo exemplo de que o chavão "a música é a linguagem universal" é muito verdadeiro. A música pode aproximar gerações diferentes, que tem influencias diferentes, e criar contatos que poderiam até ser considerados improváveis. Tentei falar com ele para agradecer tudo isso, mas ainda não consegui.


MARCELO CAMELO, Los Hermanos


Quando nasci, Deus me deu três irmãos maravilhosos: Carlinhos, Laurinho e Norma. Quando eu cresci, aos 16 anos, Deus me deu mais um irmão maravilhoso, que é o meu amigo primeiro, meu parceiro, Erasmo Carlos. É difícil encontrar as palavras para falar exatamente o que ele é. Ele sempre é melhor do que a gente pode dizer. Erasmo e eu somos amigos há mais de 40 anos e durante esse tempo nossa amizade tem sido cada vez maior e nesse tempo trabalhando juntos, sendo amigos como somos, nunca tivemos uma discussão, uma coisa pela qual a gente se desentendess e. E sempre é cada vez maior esse respeito entre nós.


ROBERTO CARLOS, durante entrevista ao Domingão do Faustão, em 1996.


Fonte:www.erasmocarlos.com.br