domingo, 22 de novembro de 2009

Angel Dust

Um dos mais interessantes expoentes do thrash metal nos anos 80, o Angel Dust surpreende pela capacidade que teve em se adaptar às alterações no cenário metálico mundial sem perder a qualidade. Inicialmente voltado para o thrash mais pesado e agressivo, o grupo é hoje um dos principais nomes da música pesada, mas com novas características no seu estilo, que manteve o peso e a técnica, acrescentando leves pitadas de um som progressivo e melodioso."Into The Dark Past" foi o álbum que mostrou a banda da Alemanha para o mundo. Talvez mais pesado do que a própria "trindade sagrada" dos primórdios do thrash, Metallica, Testament e Anthrax, o disco indicava que os limites do estilo não seriam fixos à América do Norte. A Alemanha, até então conhecida pelo metal tradicional de Scorpions e Accept principalmente, dava à cena um grupo capaz de impressionar pelo thrash vigoroso e avassalador.Vieram os shows, as críticas positivas na mídia especializada e a consagração no underground. Porém, o Angel Dust sempre teve problemas com sua formação, modificada várias vezes. Isso desestimulou demais seus integrantes e, em 1989, tudo foi terminado, apesar de "To Dust You Will Decay", o segundo álbum, ter agradado. Às vésperas de uma década que viria a ser considerada como fatal para o metal, o estilo perdia uma das maiores esperanças do público headbanger.Oito longos anos se passaram, o thrash metal perdeu sua força, veio o grunge, a onda eletrônica, o funk metal e, só em 1997, os velhos fãs do Angel Dust puderam respirar mais tranquilos. O baixista Frank Banx e o baterista Dirk Assmuth resolveram remontar a banda e dar continuidade à carreira precocemente interrompida.E a vontade da dupla de voltar aos estúdios e aos palcos era imensa. Tanto que, entre 1998 e 2000 já são três novos discos lançados. Novos companheiros foram convocados, a banda retomou os ensaios e produziu discos de alta qualidade. O thrash vigoroso do início da carreira foi polido, transformando-se em um power metal moderno, sem exageros, apesar das passagens mais progressivas (criadas, na maior parte, pelos arranjos do tecladista Steven Banx).Contratado da Century Media Records, o Angel Dust mostrou sua nova face em "Border Of Reality", que logo chamou a atenção do público e da crítica. O vocal forte e muito bem encaixado de Dirk Turisch agradou tanto aos novos fãs quanto às pessoas que já acompanhavam a trajetória do grupo. O mesmo aconteceu com o trabalho de guitarra elaborado por Bernd Aufermann.A velha banda remodelada, revitalizada e pronta para ampliar sua história no futuro do metal fez, na sequência, mais um disco clássico. "Bleed" mostrou-se tão bom quanto seu antecessor. Para muitos, é ainda melhor.
Esta é a mesma sensação que se tem ao ouvir "Enlighten The Darkness", lançado em 2000. A repercussão do disco foi boa mas não o suficiente para evitar uma nova mudança na formação.O baterista Dirk Assmuth não estava mais conseguindo conciliar os compromissos com a banda, seu emprego e sua vida particular. Para evitar problemas para o próprio Angel Dust, grupo do qual foi um dos fundadores, ele optou por sair. Os companheiros entenderam a decisão do baterista e deram continuidade ao grupo. Para o seu lugar foi chamado Michael Sticken, 24 anos (ex- House Of Spirits e Stendal Blast), que assumiu o posto até o final da tour de "Enlighten The Darkness". Em 2002, "Of Human Bondage" é lançado e tem como destaques faixas como "Inhuman", "Forever" e "Got this Evil".
Um abraço e até mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário